
Por crase entende-se a fusão de dois sons vogais idênticos.
Exemplo: Bateram à
porta.
Deu- se, aqui, a fusão da preposição a com o artigo a.
Emprego da crase
Sendo o a craseado uma resultante da fusão da
preposição a com o artigo feminino a, daí se interferem três conclusões
lógicas:
1- 1- A crase só se pode empregar diante de substantivos do gênero feminino.
2- Sendo a crase combinação da preposição com o artigo, logicamente, só o substantivo que admita artigo poderá vir precedido de crase.
3- Não pode haver crase diante de palavras ou expressões que sirvam de sujeito e objeto direito, uma vez que estes elementos não podem ser regidos de preposição.
Exemplos:
Vou à cidade
Vou à Europa
Obedeça às minhas ordens.
Respondi à carta dele
Ele faltou à aula
Ela foi à Bahia
Estes exemplos exigem a crase porque
preenchem as condições dos itens 1 e 2.
Vejamos, agora, as frases seguintes:
Vou a Santa Catarina
Ele foi a Roma
Ela foi a Minas
Dei um passeio a cavalo
João estava a cantar.
Nestas frases, a crase não é admissível por não ocorrerem as condições nem do item 1 e nem do item 2.
Com efeito, Santa Catarina, Roma, Minas, não admitem o
artigo quando empregados como sujeitos. Ninguém diz: A Santa Catarina
é um belo Estado; A Roma é a capital da Itália; A Minas
é um Estado central.
Quanto aos dois últimos exemplos, é adequado que, sendo um masculino,
cavalo, e outro, verbo estão inclusos no item 1.
Entretanto, se o nome da cidade, Estado ou país vier
determinado, pode empregar-se a crase:
Vou à Roma dos Césares
Vou à Minas de Tiradentes
A crase pode ocorrer, ainda, antes de locuções indicativas de horas.
Exemplo:
Às duas horas começaremos a estudar.
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